Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano XCIX • No 8
Poder Executivo
Recife, quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
Forças de segurança pública do Estado
identificam assassino da menina Beatriz
Confrontação de DNA encontrado na faca
do crime confirmou que o autor do homicídio
já estava preso por outros delitos.
A
Secretaria de Defesa Social de Pernambuco
(SDS), por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de
segurança pública, identificou o autor do assassinato da menina Beatriz
Angélica Mota, ocorrido em 2015,
em Petrolina, Sertão do Estado.
Por determinação do governador
Paulo Câmara, a Força-Tarefa criada
em 2019 para investigar o caso foi
mantida mobilizada até a elucidação
deste crime. A equipe revisitou todo o
inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito deuse por meio de análises a partir de
material do banco de perfis genéticos
do Instituto de Genética Forense
Eduardo Campos. A perícia confrontou o material recolhido na faca utilizada no crime com o DNA do suspeito, que já se encontrava preso por outros delitos, em uma unidade prisional do Estado.
O secretário de Defesa Social,
Humberto Freire, concedeu entrevista coletiva à imprensa, ontem, na
qual detalhou a investigação e a conclusão da Força-Tarefa. O suspeito
confessou o crime ao ser ouvido pelos delegados. Além da prova pericial
obtida com o exame de DNA, seu depoimento foi confrontado com outras
provas produzidas ao longo do inquérito policial, o que resultou em
elementos suficientes para o
indiciamento.
“Agradecemos a todos os policiais civis que nesses seis anos se dedicaram a essa investigação e a todos
integrantes da Polícia Científica que
não mediram esforços, desde o primeiro momento, ao fazerem todas as
perícias e análises possíveis para chegar, de forma cabal e com prova técnico-científica, à autoria desse crime
bárbaro. Essas duas instituições são
referência no trabalho policial e de
investigação no nosso País. Com a
indicação científica do autor, procedemos a outras diligências quando o
suspeito foi interrogado e confessou
a prática do homicídio da menina
Beatriz. Inclusive, apresentando a
narrativa temporal, que se coaduna
perfeitamente com tudo que havia sido carreado ao inquérito até então,
dentro dos melhores parâmetros técnico-científicos que existem”, destacou Humberto Freire.
A promotora de justiça Ângela
Cruz, coordenadora do Caop Criminal do Ministério Público de Pernambuco, salientou o trabalho integrado
realizado entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco, com
comunicação e colaboração constantes entre os órgãos. “Desde 2016, o
procurador-geral de Justiça instituiu
um grupo de trabalho para acompanhar o caso, requisitar outras diligências e fazer investigações complementares às da Polícia. Esse grupo
perdurou durante todo o período das
investigações, mantendo reuniões
com a chefia da Polícia Civil e os de-
legados que presidiram o inquérito,
em um trabalho conjunto acompanhado diuturnamente pelos promotores de justiça. Todos os requisitórios
do MPPE foram prontamente atendidos pela Polícia. Agora, aguardamos
o relatório final da Polícia para terminarmos a análise, adotarmos as providências e comunicarmos a sociedade qual o posicionamento do Ministério Público, mediante a denúncia,
arquivamento ou qualquer outra providência prevista em lei”, afirmou.
Na coletiva à imprensa estiveram
presentes também o chefe da Polícia
Civil de Pernambuco, Nehemias Falcão, e o gerente geral de Polícia Científica do Estado, Fernando Benevides.
Antes da entrevista, os pais de Beatriz
Angélica foram recebidos pelo secretário Humberto Freire e demais autoridades participantes da coletiva,
quando tomaram conhecimento dos
detalhes sobre o desfecho do caso.
F
:D
/SDS
O
de Defesa Social, Humberto Freire,
recebeu a mãe de Beatriz e esclareceu detalhes do desfecho
do caso ao lado de Ângela Cruz (MPPE), Nehemias Falcão
(Polícia Civil) e Fernando Benevides (Polícia Científica)
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